Uma nova técnica de escaneamento poderia prever se o câncer de mama se espalhará para os pulmões, sugere nova pesquisa.
Os cientistas esperam que a técnica inovadora possa permitir que os médicos tratem intensamente os tumores antes de começarem a se expandir.
A pesquisa de cientistas do Reino Unido ainda está em estágio inicial, e até agora só provou funcionar em camundongos.
Mas em caso de ser replicado em humanos, melhoraria dramaticamente o prognóstico daqueles diagnosticados com câncer de mama.
Os tumores na mama são relativamente fáceis de tratar, porque podem ser simplesmente removidos com cirurgia ou direcionados a quimioterapia ou radioterapia.
Mas quando o câncer se espalha para outra parte do corpo – um processo conhecido como metástase – é muito mais difícil de tratar.
A maioria das mortes por câncer são causadas por tumores secundários, que em câncer de mama geralmente aparecem nos pulmões, no fígado ou nos ossos.
Cientistas do King’s College de Londres pensam que a nova técnica de imagem permitirá que eles identifiquem as mulheres cujo câncer é susceptível de se espalhar para os pulmões, permitindo-lhes usar tratamentos intensivos mais cedo para impedir a propagação.
Os pesquisadores descobriram que células imunes específicas, chamadas “células supressoras derivadas de mieloides” ou MDSCs, começam a se acumular em níveis elevados nos pulmões antes do câncer se espalhar.
Essas células suprimem o sistema imunológico local e promovem a formação de novos vasos sanguíneos, preparando o caminho para o câncer se espalhar.
A equipe desenvolveu uma molécula radioativa, chamada “marcador”, que detecta essas células MDSC usando um escâner de raios gama 3D.
O marcador é injetado no paciente, se liga às células MDSC e aparece no escâner.
A equipe, cujo trabalho é publicado na revista Theranostics, encontrou em testes com ratos que eles poderiam detectar as células MDSC bem antes de se tornarem visíveis quaisquer tumores pulmonares.