Quando duas pessoas casadas parecem semelhantes, não é necessariamente uma coincidência, isso pode estar relacionada com a tendência de se casar com alguém com a mesma ascendência.
Uma tendência que pode ter efeitos importantes na genética de diferentes populações, relatam Dr. Ronnie Sebro, da Universidade da Pensilvânia, e os autores seniores Dr. Josée Dupuis da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston e Neil Risch da Universidade da Califórnia em San Francisco.
Estudo foi publicado na revista PLOS Genetics.
Até recentemente, a maioria das pessoas escolhia um cônjuge dentro de sua comunidade local, e essa pessoa muitas vezes tinha a mesma ascendência.
Ao longo de muitas gerações, esta afinidade por companheiros semelhantes criou uma estrutura genética na população que tem o potencial de influenciar os resultados dos estudos genéticos.
Na primeira investigação sobre padrões de acasalamento em várias gerações dentro de uma população dos EUA, os pesquisadores exploraram a similaridade genética entre cônjuges de três gerações de brancos no Framingham Heart Study, um exame contínuo da saúde cardíaca nos moradores de Framingham, Massachusetts, 1948.
Utilizando dados genômicos, eles caracterizaram a ascendência de 879 pares de cônjuges participantes e observaram que indivíduos de ascendência do norte da Europa, do sul da Europa e asquenazes preferencialmente escolheram cônjuges do mesmo padrão.
Em cada geração sucessiva, no entanto, os indivíduos eram menos propensos a escolher um cônjuge com a mesma ascendência. Eles também mostraram que os padrões de acasalamento faziam com que os cônjuges fossem mais geneticamente semelhantes entre si do que seria de se esperar, e que a estrutura genética criada por esses padrões de acasalamento na população diminuiu ao longo do tempo.
Importância na ciência
Os resultados deste estudo refletem padrões demográficos e como eles mudaram durante os últimos 60 anos em Framingham, Massachusetts. A similaridade genética dentro de uma população pode ser importante considerar em estudos genômicos porque pode conduzir aos falsos positivos ao identificar regiões do gene que são associadas com uma doença, e afetam estimativas do grau a que uma doença é passada através de seus genes.