Com o planeta ainda se recuperando de uma dos maiores El Niños já registrados, como ondas de calor e inundações espalhadas pelo mundo, parece que se você pensou que as coisas poderiam melhorar, você está enganado. Os efeitos do fenômeno climático podem continuar em 2016, com a floresta Amazônica em risco.
Floresta Amazônica em risco. A pesquisa, realizada na NASA Goddard Space Flight Center, descobriu que em 2015/2016 o El Niño alterará o padrão de precipitação sobre a Amazônia. Ele reduzirá a chuva durante a estação chuvosa. Isto significa que a floresta é agora mais seca do que deveria ser no início da estação seca.
Na verdade, os pesquisadores estimam que a floresta está mais seca em uma estação seca desde 2002. Isso aumenta dramaticamente o risco de incêndios florestais graves. Os incêndios podem varrer a região e destruír grandes extensões de floresta tropical.
“Quando as árvores têm menos umidade para recorrer no início da estação seca, eles se tornam mais vulneráveis ao fogo, e evaporam menos água para a atmosfera”, explica Jim Randerson da Universidade da Califórnia, Irvine, que colaborou na construção da previsão modelo. “Isso coloca milhões de árvores sob a tensão e diminui a umidade em toda a região, permitindo que os incêndios cresçam mais do que normalmente faria.”
A previsão de fogo na Amazona, prevê que o risco entre os meses de julho e outubro maior do que o observado em 2005 e 2010, quando a seca causou incêndios florestais que devastaram grandes áreas de floresta. A equipe trabalha com as autoridades sul-americanos e cientistas para torná-los conscientes dos riscos elevados este ano. Eles também desenvolveram uma ferramenta que lhes permitirá acompanhar a evolução de incêndios em tempo real.
Atividade humana
Mas as coisas podem ser definidas para pior à medida que o outro, separado, estudo descobriu que a atividade humana também está agravando esta situação. Após dois anos de pesquisa, os cientistas do Centro de Lancaster Ambiente descobriram que distúrbios humanos estão fazendo a floresta amazônica mais inflamável. Mesmo que grande parte da Amazônia brasileira está protegido contra desmatamento generalizado, os pesquisadores descobriram que, mesmo através da exploração madeireira e fragmentação florestal seletiva a saúde da floresta é afetada significativamente.
A maioria das conservações elogiaram a proteção em larga escala da Amazônia brasileira, onde os proprietários de terra só são permitidos para a colheita de 20% das árvores, mas mesmo este nível de perturbação pode reduzir o nível de biodiversidade e saúde da floresta em 50%.
Fonte: University of California