O robô/veículo Curiosity da NASA descobriu a melhor evidência ainda que a vida pode ter existido em Marte.
Em dois estudos separados sobre dados coletados pelo em Marte nos últimos anos, os cientistas identificaram uma fonte abundante de matéria orgânica em um antigo leito de lago, e traçaram parte do metano atmosférico do planeta até suas raízes.
Os resultados inovadores ajudarão a orientar a busca pela vida microbiana e melhorar nossa compreensão dos processos sazonais em Marte.
“As chances de encontrar sinais da vida antiga em futuras missões, se a vida alguma vez esteve presente, simplesmente aumentaram”, disse o cientista do projeto Curiosity, Ashwin Vasavada, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia.
A Nasa revelou detalhes sobre as últimas descobertas em uma conferência de imprensa na tarde de quinta-feira.
Embora o anúncio possa não ser a detecção da própria vida, a descoberta aponta fatores que são ‘fundamentais para nossa busca pela vida’, explicou Dr. Paul Mahaffy, diretor da Divisão de Exploração de Sistemas Solares no Goddard Space Flight Center da NASA, durante a conferência.
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Moléculas orgânicas contêm carbono e hidrogênio, bem como nitrogênio e outros elementos.
Estas moléculas são tipicamente associadas com a vida na Terra, mas também podem ser formadas através de processos não biológicos.
As moléculas identificadas nas amostras foram encontradas em rochas de um antigo lago, explicou o principal autor e astrobiólogo Dr. Jennifer L. Eigenbrode.
Curiosity extraiu e aqueceu amostras de Mojave e Confidence Hills na Cratera Gale – ambas conhecidas por conterem mudstones que datam de aproximadamente três bilhões de anos.
Isso revelou a presença de moléculas que se assemelham à rocha sedimentar orgânica encontrada na Terra, de acordo com a equipe, incluindo tiofenos, benzeno, tolueno e pequenas cadeias de carbono, como propano ou buteno.
“Essas moléculas orgânicas poderiam ter vindo da vida”, disse Eigenbrode, “mas ainda não sabemos se houve vida em Marte.”
“Então essas moléculas específicas não são evidências da vida.”