A pesquisa encontrou que mais de 58% dos bebês com anormalidades oculares são filhos de mães que foram infectadas pelo vírus no primeiro trimestre de gestação.
A pesquisa liderada pela Dra. Andrea Zin, da Fiocruz, no Rio de Janeiro, acompanhou 112 filhos de mães que contraíram o vírus Zika.
Os bebês foram examinados até completarem o seu primeiro ano de vida por uma equipe médica, incluindo oftalmologistas.
Entre essas crianças, apenas 20 desenvolveram a microcefalia; 31 delas apresentaram anomalias no sistema nervoso central (SNC); e 61 não apresentaram qualquer modificação no SNC.
Com relação às mães, 32 foram infectadas no primeiro trimestre da gravidez; 55 no segundo trimestre; e 25 no terceiro trimestre.
A pesquisa concluiu que há uma relação entre a infecção pelo vírus Zika e o desenvolvimento de anomalias que causam problemas de visão. Entre os principais resultados, a pesquisa mostrou que mais de 58% dos bebês que apresentaram anomalias oculares são filhos de mães infectadas ainda no primeiro trimestre de gestação.
Segundo a pesquisadora: “Todos os bebês com potencial exposição ao vírus Zika devem ser submetidos a exames oftalmológicos, independente das anormalidades do Sistema Nervoso Central, tempo de infecção materna pelo vírus ou confirmação laboratorial”