Fumar maconha pode ajudar viciados em crack a superarem a dependência, revela uma nova pesquisa.
O estudo sugere que a droga recreacional mais popular do mundo é um substituto eficaz, mas não convencional, da droga mortal, o crack.
Se as descobertas forem confirmadas em ensaios subsequentes, a erva seja poderá ser usada em vícios ainda mais forte, como por exemplo, em heroína.
Atualmente, não há meios eficazes de ajudar os usuários da droga que estão querendo combater seus impulsos contínuos, dizem os pesquisadores.
Especialistas alertaram recentemente sobre a sua detecção de fentanila, composto semelhante à morfina, mas até 100 vezes mais potente, em lotes de crack.
Autoridades de saúde da Colúmbia Britânica, no Canadá, acreditam que isso poderia estar agravando o problema das overdoses – que mataram quase 1.000 pessoas no ano passado – na região.
Em um nível mais largo, este problema é responsável por 70.000 mortes em todo o mundo a cada ano, diz a Organização Mundial da Saúde.
Efeitos colaterais de longo prazo ao fumar regularmente a droga, que é dito ser uma das mais poderosas substâncias viciantes e ilegais, são perigosos para o corpo.
Eles incluem um aumento do risco de ataques cardíacos, desnutrição e até mesmo crises graves de depressão – o que pode levar ao suicídio.
Dr. Ian Hamilton, um pesquisador de cannabis na Universidade de York, falou de suas expectativas animadoras com os resultados. “Este estudo aumenta a crescente evidência de que a maconha pode ter potencial para tratar muitos problemas relacionados à saúde. Muitos desses pacientes descobriram que a cannabis ajuda a aliviar os sintomas de abstinência e melhorar suas chances de se tornarem abstinentes.”
Os resultados do novo estudo foram apresentados na semana passada na Conferência de Redução de Danos em Montreal.