Uso de maconha aumenta o risco de acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca, mesmo após a contabilização de fatores demográficos
Vivemos em um momento que a maconha ou cannabis (termo médico), está a caminho de ser legalizado para uso médico ou recreativo e o estudo lança nova luz sobre como a droga afeta cardiovascularmente a saúde.
“Como todas as outras drogas, prescritas ou não prescritas, queremos saber os efeitos colaterais da droga”, disse Dr. Aditi Kalla, MD, do Centro Médico Einstein na Filadélfia, e autor principal do estudo.
“É importante que os médicos possam entender os efeitos para melhorar o tratamento dos pacientes, como aqueles que estão se perguntando sobre a segurança de cannabis.”
O estudo
O estudo traçou dados da amostra nacional Inpatient, que inclui os registros de saúde de pacientes internados em hospitais que compreende cerca de 20 por cento dos centros médicos norte-americanos.
Pesquisadores extraíram registros de pacientes jovens e de meia-idade – idade 18-55 anos – que receberam alta de hospitais em 2009 e 2010, quando o uso de maconha era ilegal nos estados.
O uso de maconha foi diagnosticada em 1,5 por cento (316.000) de mais de 20 milhões de registros de saúde incluídas na análise. Comparando as taxas de doenças cardiovasculares nesses pacientes para taxas de doença nos pacientes que não relataram uso de maconha, o uso de maconha foi associados com um aumento significativo do risco de acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana e morte súbita cardíaca.
O uso da maconha estava ligada também com uma variedade de fatores conhecidos por aumentar o risco cardiovascular: tais como obesidade, hipertensão arterial, tabagismo e uso de álcool. Depois que os pesquisadores ajustaram as análises para levar em conta esses fatores eles concluíram que o uso de maconha foi independentemente associado com um aumento em 26 por cento no risco de acidente vascular cerebral e um aumento de 10 por cento no risco de desenvolver insuficiência cardíaca.
Dr. Kalla sugeriu que a legalização crescente de maconha pode significar que pacientes e médicos vão falar mais confortavelmente sobre o uso de maconha, o que poderia permitir um melhor conhecimento e novos insights sobre os efeitos da droga e efeitos colaterais.
Fonte: American College of Cardiology