O segundo maior surto de Ebola chegou ao fim. Com início no Congo, em agosto de 2018, o surto adoeceu 3.470 pessoas. Quase dois terços desses pacientes, ou 2.287, morreram.
O dia 25 de junho de 2020 foi decretado o momento em que o segundo maior surto de Ebola acabou. Esse dia foi o quadragésimo segundo dias após o último paciente ligado ao surto ter voltado para casa.
São dois períodos completos de incubação do vírus. Sem novos casos, as autoridades de saúde do Congo e a Organização Mundial da Saúde declararam oficialmente o fim do surto.
Nos últimos 22 meses, essa foi a décima luta do Congo contra o Ebola. Os casos foram concentrados nas províncias do norte de Kivu e Ituri, e as autoridades de saúde lutaram contra grupos terroristas e informações erradas para conter o vírus.
Em contraste com os surtos anteriores de Ebola, os médicos tinham uma vacina eficaz em seu arsenal que ajudou a reduzir os números de casos desta vez. Em 2019, essa vacina se tornou a primeira, e ainda única, a receber a aprovação da Food and Drug Administration dos EUA.
Dois novos tratamentos também se mostraram altamente eficazes em manter os pacientes vivos em ensaios clínicos durante o surto. Um desses tratamentos é feito pela Regeneron Pharmaceuticals Inc.
Para conter a propagação do vírus mortal, os profissionais de saúde locais localizaram 250.000 pessoas que entraram em contato com indivíduos infectados, testaram 220.000 amostras e vacinaram 303.000 pessoas, diz a OMS.
O Congo “agora está melhor, mais inteligente e mais rápido em responder ao Ebola. Este é um legado duradouro que apóia a resposta ao COVID-19 e outros surtos”, disse Dr. Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS na África, em 25 de junho.
Esse legado será testado nos próximos meses, pois as autoridades locais de saúde continuam a combater o COVID-19, um surto de sarampo e outro surto separado de Ebola que começou em uma região diferente do país em 1º de junho.