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Tecnologia

Software que escreve seu próprio código pode ajudar muitos não-programadores

By Paulo

February 23, 2017

Um sistema de aprendizagem de máquina ganhou a habilidade de escrever seu próprio código.

Criado por pesquisadores da Microsoft e da Universidade de Cambridge, o sistema, chamado DeepCoder, resolveu desafios básicos exigido em concursos de programação. Este tipo de abordagem poderia tornar muito mais fácil para as pessoas construir programas simples sem saber como escrever código.

“De repente, as pessoas poderiam ser muito mais produtivas”, diz Armando Solar-Lezama, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, que não estava envolvido no trabalho. “Eles poderiam construir sistemas que [seria] impossível construir antes.”

Em última análise, a abordagem poderia permitir que os não codificadores simplesmente descrevessem uma idéia para um programa e deixassem que o sistema a construísse, diz Marc Brockschmidt, um dos criadores da DeepCoder na Microsoft Research em Cambridge, no Reino Unido.

Como ele funciona?

DeepCoder usa uma técnica chamada síntese de programa: criando novos programas reunindo linhas de código retiradas de software existente – assim como um programador faz. Dada uma lista de entradas e saídas para cada fragmento de código, o DeepCoder aprendeu que pedaços de código eram necessários para alcançar o resultado desejado em geral.

Uma vantagem de deixar a inteligência artificial solta desta maneira é que ela pode pesquisar mais amplamentedo que um codificador humano, então poderia juntar o código fonte de uma maneira que os seres humanos podem não ter pensado.

Além disso, o DeepCoder usa o aprendizado de máquina para pesquisar bancos de dados de código-fonte e classificar os fragmentos de acordo com sua visão de sua provável utilidade.

Essa tecnologia poderia ter muitas aplicações. Em 2015, os pesquisadores do MIT criaram um programa que corrigia automaticamente bugs de software substituindo linhas defeituosas de código por linhas de trabalho de outros programas.

Brockschmidt diz que as futuras versões poderiam tornar muito fácil a construção de programas de rotina que raspam informações de sites ou classificam automaticamente as fotos do Facebook, por exemplo, sem que os codificadores humanos precisem levantar um dedo.

 

Fonte: New Scientist