Um novo composto desenvolvido pela Universidade de Bath oferece proteção sem precedentes contra os efeitos nocivos da radiação UVA na luz solar, que incluem foto-envelhecimento, danos celulares e câncer.
A maioria dos protetores solares no mercado protegem bem contra a radiação UVB solar, mas têm eficácia limitada contra os danos induzidos por UVA, contando com as propriedades reflexivas dos cremes para proteger contra raios UVA perigosos.
No entanto, este composto, chamado em inglês de “mitoiron claw”, oferece forte proteção dentro de nossas células precisamente onde ocorre o maior dano de UVA, e não interfere com o resto da célula.
Os pesquisadores da Universidade de Bath, trabalhando com colegas no Kings College de Londres, esperam ver o composto adicionado aos protetores solares e produtos de cuidados da pele dentro de 3-4 anos.
A concentração de ferro livre é particularmente elevada dentro das mitocôndrias, onde é necessário para várias funções vitais. No entanto, após exposição a UVA na luz solar, o excesso de ferro livre atua como um catalisador para a produção de espécies tóxicas reativas de oxigênio (ROS), danificando componentes celulares como DNA, gordura e proteínas, aumentando o risco de morte celular e câncer.
No entanto, este quelador de ferro projetado especialmente (uma molécula que se liga a um átomo de ferro como uma garra) se move diretamente para as mitocôndrias, onde seguramente liga o excesso de ferro livre, impedindo-o de reagir após a exposição aos raios UVA.
Testes com células de fibroblastos cutâneos humanos expostos a radiação UVA equivalente a 140 min de exposição solar ininterrupta ao nível do mar, mostraram que as células tratadas com o produto estavam completamente protegidas contra a morte celular. As células não tratadas sofreram uma morte celular significativa.
A pesquisa é publicada no Journal of Investigative Dermatology.