Pilotos cansados estão colocando os passageiros em risco porque as companhias aéreas não estão levando a fadiga a sério, revelou novo relatório.
Em uma pesquisa com 7.200 pilotos em toda a Europa 58% deles disseram que eles pensavam que seus colegas pilotos estavam sonolentos no trabalho e metade disse que o cansaço não é levado a sério por sua empresa.
Mais de 25% achou que sua companhia estava com pouco pessoal e 14% até admitiu trabalhar quando estava indisposto.
A pesquisa, pela London School of Economics, também descobriu que os funcionários sentiram-se incapazes de levantar preocupações por medo de serem tratados como funcionário problema.
A “British Airline Pilots Association (Balpa)” disse que não está surpresa com as descobertas e disse que a fadiga é sempre a maior das preocupações dos seus membros em todos os tipos de companhias aéreas.
Chefe de Segurança de Voo Balpa, Rob Hunter, disse: “Não é surpreendente para nós que a pesquisa mostre que mais de 50% dos pilotos sentem fadiga e não são levados a sério pela empresa.”
A associação já disse que os pilotos estão sendo forçados a trabalhar turnos de mais de 20 horas sem pausas.
O estudo descobriu que o problema era particularmente abundante nas companhias aéreas de baixo custo, onde a tripulação deve trabalhar em vários vôos no mesmo dia.
“A fadiga tem sido um problema crescente entre os pilotos e se intensificou desde a introdução das limitações de tempo de voo da EASA no início deste ano”, acrescentou o Dr. Hunter.
Opinião de um piloto
Um piloto de uma companhia aérea, falando anonimamente, disse à MailOnline Travel: “A fadiga, tanto a curto como a longo prazo, é agora um fator significativo para os pilotos, especialmente aqueles que trabalham para as operadoras de baixo custo que rotineiramente alistam suas equipes até os novos e altos limites (horas de trabalho) na Europa.”