Vírus Zika foi encontrado em pernilongo comum.

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Mosquito Culex é mais comum que Aedes aegypti e talvez possa transmitir o vírus

200 mosquitos do gênero Culex, o pernilongo comum, foram alimentados com sangue contaminado pelo Zika vírus no estudo liderado pela pesquisadora Constância Ayres do departamento de entomologia da Fundação Oswaldo Cruz, em Pernambuco. Essa pesquisa encontrou evidências de que o Zika vírus pode sobreviver em pernilongos comum.

“Assumir que o vetor principal da zika é o Aedes aegypti, em áreas em que outras espécies de mosquito coexistem, é ingenuidade”, escreveu Constância no começo de fevereiro, em um artigo publicado na revista The Lancet Infectious Deseases, uma das principais do gênero em todo o mundo. “Esse erro pode ser catastrófico se outras espécies de mosquito tiverem também papel importante na transmissão do vírus da zika”.
Na tarde de quarta-feira (2), Constância anunciou os resultados preliminares de sua pesquisa. Descobriu que o vírus consegue sobreviver no estômago dos mosquitos e, de lá, migrar para as glândulas salivares dos bichos. Essa movimentação do vírus é importante – uma vez nas glândulas salivares, o parasita pode ser transmitido para outros animais e pessoas, por meio da picada da fêmea do mosquito.

O estudo ainda não conseguiu determinar se o Culex transmite o vírus, por ora sabe-se somente que o vírus sobrevive no organismo do mosquito.

“A simples detecção de um vírus numa amostra de mosquito não o torna um vetor” escreveu Constância. “É importante provar em laboratório que o organismo é capaz de adquirir o patógeno, mantê-lo e transmiti-lo a outros hospedeiros”.

Fonte: Revista Época

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