O Papa Francisco repreendeu aqueles que negam a ciência por trás do aquecimento global, alertando líderes mundiais da “atitude perversa” de negar o fato.
Francisco emitiu uma mensagem destinada a reunião de mudanças climáticas em Bona, na Alemanha, e chamou a mudança climática “um dos fenômenos mais preocupantes que a humanidade enfrenta”.
Ele pediu aos negociadores que tomem medidas sem pressões políticas ou econômicas e acelerem os esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
A reunião em Bona está trabalhando para implementar o acordo de Paris de 2015 com o objetivo de limitar as emissões globais.
Francisco não citou nenhum país pelo nome, mas os Estados Unidos anunciaram que estão se retirando do acordo de Paris.
O presidente Donald Trump também nomeou várias pessoas em seu governo que questionam as conclusões dos cientistas de que a atividade humana está por trás do aumento global das temperaturas.
Ao mesmo tempo, a administração dos EUA aumentou o uso de combustíveis fósseis, como o carvão, para as necessidades energéticas do país.
Em sua histórica encíclica ambiental de 2015, Francisco disse que o aquecimento global é “principalmente” devido à atividade humana e pediu que os combustíveis fósseis sejam progressivamente eliminados sem demora.
Em sua mensagem, o papa argentino denunciou que os esforços para combater as mudanças climáticas são muitas vezes frustrados por aqueles que negam ou são indiferentes a ciência.
Aqueles pensam que o problema pode ser resolvidos por soluções técnicas, que ele chamou de “inadequado”.
“Devemos evitar cair em atitudes perversas, o que certamente não ajuda pesquisas honestas e um diálogo sincero e produtivo”, afirmou.