Gravações de câmeras escondidas na Mata Atlântica do Brasil estão inspirando novas esperanças para a onça-pintada (Panthera onca) da região.
Menos de 300 destes grandes felinos permanecem na floresta, onde são confinados aos pequenos remendos de selva cercados por cidades e pela plantações.
“Foi a coisa mais linda do mundo”, quando Beatriz Beisiegel quando capturou imagens raras de uma onça fêmea saudável seguida por seus dois filhotes em dezembro de 2016 no Parque Estadual Carlos Botelho.
O trio passou pela câmera-armadilha não uma vez, mas pelo menos três vezes, o último com barrigas cheias.
Esta é a primeira vez que Beisiegel, bióloga do Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade em Brasília, viu um filhote em seus 12 anos monitorando onças nas densas selvas do Vale do Ribeira, no sul do Estado de São Paulo.
O avistamento é especialmente encorajador, dada a constante ameaça de caça furtiva nessas florestas invadidas.
Apenas no mês passado, outra onça foi ilegalmente baleada e morta em terras privadas nas proximidades por caçadores que se gabavam sobre a ação em um vídeo na Internet.