Ciência

Pesquisadores descobrem uma nova ferramenta contra crimes, os mosquitos!

By Paulo

July 11, 2017

Uma nova arma na luta contra o crime foi descoberta por uma equipe japonesa de cientistas forenses.

Os pesquisadores descobriram que o DNA encontrado no sangue sugado de um ser humano por um mosquito pode ser identificado até dois dias depois.

A descoberta pode ser usada para ajudar investigadores a encontrarem evidências para resolverem assassinatos e outros crimes graves.

Pesquisadores da Universidade de Nagoya, no Japão, fizeram a descoberta depois que sete voluntários foram picados por mosquitos.

Até agora, não se sabia por quanto tempo o sangue humano sugado pelos mosquitos mantinha um perfil de DNA identificável.

A equipe permitiu que os mosquitos digerissem o sangue por tempos diferentes, antes de extrair o DNA humano.

Utilizando uma técnica chamada reação em cadeia da polimerase (PCR), uma ferramenta padrão em medicina forense para amplificar um fragmento de DNA por milhares de vezes, eles examinaram os resultados.

“O nosso estudo é o primeiro a aplicar técnicas de perfis de DNA sistematicamente modernas para a análise forense do sangue após servir de refeição para mosquitos”, disse Dr. Toshimichi Yamamoto, principal cientista em uma declaração escrita.

“Precisamos tomar algumas medidas para melhorar a aumentar os nossos métodos e obter mais dados. Com os métodos de quantificação mais precisa, nós podemos ser capazes de estimar até mesmo o tempo que a picada ocorreu.”

Tempo máximo para coleta

Os pesquisadores descobriram que 48 horas foi o tempo máximo para a análise do sangue. Depois de três dias, o sangue estava “quebrado” o suficiente para não permitir mais a análise.

Mosquitos que foram utilizados na pesquisa Culex pipiens pallens e Aedes albopictus.

Os experimentos foram realizados com duas espécies, Culex pipiens pallens e Aedes albopictus, ambos encontrados em áreas tropicais e sub-tropicais.

A maioria dos mosquitos não viajam para além de um raio de algumas centenas de metros. Dependendo da espécie, o tempo de vida é de alguns dias ou meses.

Os resultados completos do estudo foi publicado na revista PLoS One.