Os pesquisadores concluíram a primeira varredura do mundo de uma membrana celular viva até um nível de nanoescala, revelando detalhes que poderiam finalmente resolver um longo debate sobre como eles funcionam.
A técnica usada para criar esta imagem incrível (no fim da matéria) poderia mudar fundamentalmente como as estruturas em nanoescala são estudadas em seres vivos.
A pesquisa foi realizada por uma equipe de cientistas do Oak Ridge National Laboratory no Tennessee, que usou uma mistura de técnicas de rotulagem genética e química para adicionar um isótopo de hidrogênio nas membranas de células Bacillus subtilis vivas.
As membranas de todas as células vivas são compostas de camadas finas de moléculas de gordura, ou lipídios, que suportam uma variedade de outros materiais orgânicos, tais como canais de proteínas e cadeias de carboidratos.
O conceito básico é que os lípidos formam uma barreira entre as partes internas de uma célula e as partes externas de uma célula. As proteínas geralmente compõem estruturas como portões para controlar o que entra e o que sai, e outros produtos químicos, como os carboidratos, atuam como marcas de identificação.
Embora pareça bastante simples, tem havido um debate na citologia sobre a existência de algo chamado de “jangada lipídica”. Estas são seções de membrana que operam como domínios distintos, fazendo a membrana de uma célula agir um pouco como um quebra-cabeça.
A hipótese é que os movimentos dessas jangadas lipídicas podem atuar como um mecanismo de controle extra para a célula, deslocando proteínas para ação dentro e fora da célula.