Veja o que cientistas falaram sobre a megaestrutura alienígena

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Os astrônomos e entusiastas de vida alienígena ficaram empolgados sobre o súbito escurecimento de uma estrela.

Distante (1300 anos-luz) na constelação Cygnus a estrela KIC 8462852 ou “Estrela de Tabby” tem piscado várias vezes, levando alguns pesquisadores a sugerirem que seriam megaestruturas de uma avançada civilização alienígena podem estar bloqueando a luz.

“Este é o primeiro piscar claro que vimos desde [2013], e o primeiro que já pegamos em tempo real”, diz Dr.Jason Wright, um astrônomo da Universidade Estadual da Pensilvânia no State College.

Os astrônomos esperam coletar dados suficientes para finalmente descobrir o que está acontecendo. “Este poderia ser o primeiro de vários mergulhos próximos”, diz o astrônomo Dr. David Kipping da Universidade de Columbia. “Muitos observadores estarão observando atentamente.”

KIC 8462852

KIC 8462852 foi notado pela primeira vez a piscar em intervalos aparentemente aleatórios entre 2011 e 2013 pelo telescópio Kepler da NASA.

Kepler, lançado para observar os escurecimentos estelares causadas quando um exoplaneta passa na frente da estrela, revelou que o escurecimento da estrela de Tabby era muito mais errático do que um típico trânsito planetário.

Era também mais extremo, com seu brilho às vezes caindo por 20%. Esta não era a passagem de um pequeno planeta circular, mas de algo muito maior e mais irregular.

A descoberta e a explicação

A equipe que fez essa descoberta, liderada pelo astrônomo da Universidade de Yale, Dr. Tabetha Boyajian – que deu o nome da estrela – sugeriu uma variedade de explicações para seu comportamento estranho, incluindo que a própria estrela era variável, cercada por nuvens de poeira ou cometas empoeirados.

Que os planetas ao seu redor haviam colidido ou ainda estavam se formando. Mas o KIC 8462852 chegou às manchetes quando Wright e colegas sugeriram que a estrela seria um bom candidato para procurar evidências de uma grande estrutura fabricada pela vida alienígena.

Estudos posteriores não encontraram o “brilho” infravermelho esperado de um objeto grande orbitando perto de sua estrela. Mas tampouco confirmaram – ou refutaram – quaisquer outras explicações.

Os astrônomos precisavam observar a estrela de perto e tomar espectros – a distribuição da luz emitida em vários comprimentos de onda – durante um escurecimento.

Para isso eles tiveram que esperar. Kepler parou de olhar para o céu em torno da estrela de Tabby em 2013, então Boyajian e sua equipe têm mantido um olho em KIC 8462852 com a ajuda de uma rede de observadores amadores e, mais recentemente, com o observatório privado Las Cumbres, uma rede de 18 telescópios robóticos em seis locais ao redor do mundo.

A primeira observação

O primeiro sinal de escurecimento da estrela veio em 24 de abril do Tennessee State University’s Fairborn Observatory no sul do Arizona.

Mas não foi até a semana passada que os astrônomos tinham certeza de que tinha entrado em um novo piscar.

Ele era 3% menos intenso do que seu brilho normal em 19 e 20 de maio e agora está se movendo de volta para o normal. “Parece que o piscar quase acabou”, diz Kipping. “Mas … nos dados de Kepler vimos um episódio de múltiplos piscar agrupados ao longo de algumas semanas”.

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O progresso do escurecimento nos últimos dias também tem uma semelhança com alguns objetos detectados pelo Kepler, apoiando a ideia de que o mesmo objeto pode estar passando repetidamente na frente da estrela.

Os observadores estão prontos para outras mudanças. “Houve uma resposta extremamente positiva da comunidade”, diz Dr. Boyajian, agora na Louisiana State University, em Baton Rouge, com pessoas interrompendo projetos em andamento para observar o KIC 8462852.

Os astrônomos de cerca de uma dúzia de observatórios diferentes conseguiram capturar espectros da estrela durante o escurecimento. Então, o que está acontecendo em torno da estrela?

Boyajian diz que combinar os diferentes espectros em uma imagem coerente através dos comprimentos de onda pode levar algum tempo. “Uma interpretação física do que está acontecendo levará mais tempo. Mas o processo já começou.”

Fonte: Science

 

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