As ilhas do Caribe podem parecer o paraíso não só para pessoas que desejam relaxar na praia, mas também para muitos pássaros que encontram habitats livres para se reproduzirem.
Mas algumas destas ilhas escondem um segredo obscuro, abrigando uma espécie de árvore conhecida por atrapalhar e matar pássaros incipientes, cujos corpos continuam a alimentar as próprias árvores.
Conhecidas como árvores de “pássaros”, os cientistas acabaram de descobrir duas novas espécies das plantas macabras, descrevendo-as no jornal Phytokeys.
As duas grandes árvores foram encontradas escondidas nas florestas de Porto Rico. O fato de que duas grandes plantas permaneceram desconhecidas da ciência em uma ilha relativamente pequena e bem estudada durante tanto tempo torna a descoberta para os cientistas ainda mais emocionante.
Na base de algumas árvores assassinas, o solo está cheio de pequenos ossos frágeis, tudo o que restou de suas vítimas. Às vezes, um corpo mumificado balança nos ramos.
As árvores produzem frutos que são incrivelmente pegajosos e cobertos de pequenos ganchos. Normalmente, estes se apegam às costas dos pássaros visitantes, que os transportam para outras ilhas, espalhando as sementes, mas ocasionalmente os frutos grudam nas penas dos mensageiros.
À medida que os frutos caem no chão, a seiva pegajosa atrai insetos que ficam presos. Isso, por sua vez, atrai pássaros à procura de uma refeição fácil, mas eles próprios ficam presos na combinação letal de gosma e ganchos.
Aqueles pássaros que não são castigados por caranguejos morrem de fome, já que não podem mais voar, e depois apodrecem na base das árvores, fornecendo alimento à própria planta.
Ocasionalmente, os pássaros nem chegam ao chão, e ficam pendurados nos ramos. Há até relatos de que essas decorações sombrias atraem corujas e outros predadores, que por sua vez são pegos e sofrem o mesmo destino.
Nome das espécies que estão matando pássaros
As duas novas espécies foram nomeadas Pisonia horneae e Pisonia roqueae, para homenagear duas mulheres extraordinárias Frances W Horne e a Dra. Ana Roqué de Duprey, que passaram suas vidas dedicadas a promover a educação e a botânica.
Fonte: IFLS