As nações africanas estão se preparando para lutar contra uma praga de plantas chamada lagarta militar, que tem se espalhado rapidamente pelo continente desde sua chegada há pouco mais de um ano.
A lagarta tem causado destruição em culturas básicas, incluindo milho, milho e sorgo. Especialistas alertam que a Europa e a Ásia podem ser as próximas vítimas.
Funcionários se reuniram para uma reunião de emergência – organizada pelo escritório regional da África da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) – em Harare, no Zimbábue, no início deste mês para coordenar sua resposta.
16 países concordaram com planos urgentes para aumentar a capacidade da região para controlar as pragas nas culturas. “A reunião em Harare foi basicamente destinada em grande parte a fortalecer a preparação para os países”, diz Dra. Joyce Mulila-Mitti, diretora de cultivos da FAO para a África Austral.
Os países afetados estão avaliando a sua prontidão para outras novas pragas invasoras. Pesquisadores também estão lançando estudos para entender o comportamento da praga em novos ambientes, bem como sua susceptibilidade a inseticidas.
A lagarta militar (Spodoptera frugiperda) origina-se na América Central e do Sul. Ele foi identificado pela primeira vez na África Ocidental em janeiro de 2016 e, desde então, mudou-se para pelo menos 12 países do continente, alcançando 7 deles apenas nos últimos dois meses.
A praga é a forma larval da mariposa militar, e tem um apetite voraz e indiscriminado – mastigando o seu caminho através de mais de 100 plantas diferentes, incluindo culturas frondosas. Pelo menos 290 mil hectares de terras agrícolas em 4 países já foram destruídos, disseram autoridades na reunião de Harare. Eles advertiram que esta era uma subestimação e o número exato é provavelmente muito maior.