Geólogos encontram o irmão gêmeo do Grand Canyon – Entenda!

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O Grand Canyon tem um irmão gêmeo, e ele vive do outro lado do mundo. Isso foi publicado em um artigo na revista Geology.

Geólogos da Monash University em Melbourne estavam curiosos sobre uma série de formações rochosas na Tasmânia, na Austrália, que pareciam suspeitosamente semelhantes aos do Grand Canyon, Arizona, nos EUA. De acordo com o autor do estudo, Dr. Jack Mulder, essas rochas australianas sempre pareceram um pouco fora do lugar.

Agora, o teste químico confirmou que o que o Dr. Mulder hipotetizou. Cada par contém minerais com impressões digitais geoquímicas idênticas.

A equipe baseou sua conclusão na estratigrafia similar das rochas, na idade deposicional e na distribuição de idade do U-Pb de zircônio detrítico e na composição do isótopo de Hf.

Os resultados sugerem que essas antigas formações rochosas já foram a mesma coisa – e isso pode ter grandes implicações geológicas.

“Concluímos que, embora esteja agora no lado oposto do planeta, a Tasmânia deve ter sido anexada ao oeste dos Estados Unidos”, Mulder disse à New Scientist.

Hoje, o planeta está dividido em sete continentes, mas nem sempre foi assim – e não será assim para sempre. Os cientistas acham que a próxima vez que todos os sete continentes se juntarem será nos próximos 50 milhões a 200 milhões de anos e eles já nomearam este supercontinente Amasia.

Houveram vários supercontinentes na história da Terra, sendo o mais famoso (e mais recente) a Pangea. Mas antes disso, 1,3 bilhão a 750 milhões de anos atrás, havia Rodínia.

Rodinia se fragmentou em continentes menores há centenas de milhões de anos, coincidindo com um período de extremo resfriamento global que provavelmente não foi apenas coincidência.

Mas descobrir como exatamente os continentes de hoje poderiam se encaixar para formar uma massa de terra parecida com Rodínia provou ser um desafio.

Foto do Irmão gêmeo
Foto do Irmão gêmeo do Grand Canyon, na Tasmania.

O irmão gêmeo do Grand Canyon

O irmão gêmeo do Grand Canyon pode ajudar a resolver esse grande quebra-cabeça, fornecendo evidências de 1,1 bilhão de anos atrás. Ele poderia comprovar que a Austrália moderna e a costa oeste da América do Norte estavam ligadas.

Alan Collins, professor de ciências da terra na Universidade de Adelaide, na Austrália, chegou a dizer à New Scientist que o jornal mostra que a Tasmânia “tem a chave” para unir a geografia tectônica da época, dizendo que poderia ajudar futuros geólogos a construirem modelos de placas completas da Terra antiga.

Fonte: IFLS

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