Uma nova pesquisa está desafiando a sabedoria do treino físico tradicional para ganhar músculos. O estudo sugeriu que levantar pesos mais leves muitas vezes é tão eficiente quanto levantar pesos pesados.
Ganhar músculos. Esse estudo é o último de uma série de estudos que começou em 2010. Ele contraria décadas sobre a ideia de que a melhor maneira de construir o músculo é levantar pesos pesados.
“A fadiga é o grande equalizador aqui”, diz Stuart Phillips, autor sênior do estudo e professor do Departamento de Cinesiologia. “Levantai ao ponto de exaustão e não importa se os pesos são pesado ou leve.”
Os pesquisadores recrutaram dois grupos de homens para o estudo. Todos eles experientes levantadores de peso, que seguiram por 12 semanas um treinamento de corpo inteiro. Um grupo levantou pesos mais leves (até 50% da força máxima) para conjuntos variando de 20 a 25 repetições. O outro grupo levantou pesos mais pesados (até 90% da força máxima) por oito a 12 repetições. Ambos os grupos exercitaram-se ao ponto de fadiga.
Os investigadores analisaram amostras de músculos e ossos e observaram que ganhos de massa muscular, tamanho das fibras musculares, e medida-chave de força, eram praticamente idênticos.
“No ponto de fadiga, ambos os grupos ativaram ao máximo suas fibras musculares para gerar força”. Diz Phillips, que conduziu o trabalho com os alunos de pós-graduação e co-autores Rob Morton e Sara Oikawa.
E para meros mortais?
“Para o ‘mero mortal’ que quer ficar mais forte, nós mostramos que você pode parar com o levantamento de pesos pesados e não comprometer os ganhos”. Diz Phillips. “É uma nova descoberta que poderia levar as pessoas se protegerem de exercícios que teriam efeitos para a sua saúde.”
Outro achado importante foi que nenhum crescimento da força muscular ou estavam relacionadas à testosterona ou hormônio de crescimento, que muitos acreditam que são responsáveis por esses ganhos.
“É uma falsidade completa pensar que o aumento de curta duração no hormônio testosterona ou de crescimento é um motor de crescimento muscular”. Diz Morton. “É apenas hora de acabar com esse tipo de pensamento.”
Os pesquisadores sugerem, no entanto, que mais trabalho a ser feito nesta área, incluindo o que mecanismos subjacentes estão sendo feitos.
Os resultados são publicados online no Journal of Applied Physiology.