Seis anos após o desastre do Fukushima no Japão, milhares de ex-residentes evacuados da região estão voltando para casa. Mas é seguro?
Um estudo novo diz sim. Pesquisadores encontraram que os habitantes de uma vila nunca evacuada a apenas 60 quilômetros de distância não têm que se preocupar sobre níveis perigosos da radiação sobre sua vida.
A equipe também descobriu que a decomposição radioativa natural e a intempérie causada pela chuva merecem muito mais crédito por reduzir os níveis de radiação do que os esforços de descontaminação caros, como a remoção do solo superficial.
Esses resultados devem ajudar os cidadãos a decidirem se retornam às áreas onde as ordens de evacuação estão sendo mantidas, diz Deborah Oughton, química ambientalista da Universidade Norueguesa de Ciências da Vida, que não esteve envolvida no estudo. No final deste mês, cerca de 52 mil evacuados serão convidados de volta à Fukushima.
O novo esforço foi conduzido pelo Dr. Makoto Miyazaki, um radiologista na Universidade Médica de Fukushima, e Dr. Ryugo Hayano, um físico da Universidade de Tóquio.
Eles analisaram medições de radiação coletadas por helicópteros para rastrear como os níveis de radioatividade acima de Date, a aldeia não evacuada perto dos reatores, mudaram ao longo do tempo.
Os pesquisadores descobriram que os níveis de radiação, principalmente de césio radioativo, caíram 60% entre 2011 e 2013. Ao estimar como esse nível continuaria a diminuir nos próximos 70 anos e convertendo os resultados em níveis de radiação terrestre.