Ser mamãe de escorpiões é ter um peso extra nos ombros e esse peso pode ser traduzido em até 100 de seus filhotes pegando uma carona.
Descobrimos essa peculiaridade em um post no Instagram sobre os escorpiões do deserto do Arizona-Sonora (Centriroides exilicauda).
Mas, depois de olhar mais a fundo, descobrimos que, quando os escorpiões decidem acasalar, não é apenas com as costas cheias de bebês que você precisa se preocupar. Todo o processo é fascinante, embora igualmente horrível.
Primeiro, o escorpião macho e fêmea se agarram com suas pinças e ‘dançam’ – um processo que permite à fêmea testar a força do macho, e o macho conduzir sua parceira para encontrar um local adequado para deixar seu pacote de esperma.
Depois de alguns minutos, quando tudo isso é feito, a dança termina, e eles seguem caminhos separados…a menos que a fêmea decida comer o macho (o que na verdade acontece menos do que fomos levados a acreditar).
Vídeo:
Outro fato engraçado: aparentemente, algumas espécies de escorpiões nem sempre precisam se preocupar com o acasalamento para produzir bebês. Se as condições ambientais estiverem ruim, eles se reproduzem por partenogênese – uma forma assexuada de reprodução em que o óvulo se torna um embrião sem a necessidade de nenhum esperma.
Dependendo da espécie, as mães escorpião têm que suportar até 18 meses de gravidez antes que seus filhos nasçam. Os escorpiões requerem gestações relativamente longas porque, ao contrário da maioria dos aracnídeos, os escorpiões dão à luz seus filhotes, em vez de ovos.
É aqui que os bebês entram. Quando nascem, seus exoesqueletos ainda são muito moles, então eles seriam uma refeição fácil para predadores. Para evitar esse destino, os recém-nascidos escalam as pernas e as pinças de suas mães para a segurança de suas costas, permanecendo lá por algumas semanas até que sua primeira muda e seus exoesqueletos endureçam.
Ocasionalmente, a mãe também pode fazer um lanche aqui e, às vezes, comer um ou dois bebês se não encontrar comida suficiente.
Então, o ciclo começa novamente, à medida que as cascas dos bebês endurecem e depois se perdem no mundo.