Nova descoberta elucida mudanças epigenéticas.

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Em um estudo novo, os pesquisadores da universidade de Uppsala encontraram a evidência de um novo princípio de como as mudanças epigenéticas ocorrem.

O princípio é baseado em uma enzima, a triptase, que tem efeitos epigenéticos e que sua ausência faz com que as células se proliferem de forma descontrolada.

“Células que não têm triptase começam a proliferar de forma descontrolada e perdem a sua identidade. Se a triptase está presente, ele vai clivar as caudas das histonas. Fato que irá proteger de certas mudanças epigenéticas”, disse Dr. Gunnar Pejler, Professor do Departamento de Bioquímica Médica e Microbiologia na Universidade de Uppsala.

Muitas propriedades são determinadas por fatores genéticos, mas estamos começando a reconhecer que também fatores epigenéticos são de grande importância. Com a epigenética tais mudanças nos genes não são determinadas por mudanças na sequência real do DNA, mas nos efeitos que são sobrepostos nisto. Muitas vezes causado por efeitos ambientais.”

Os efeitos epigenéticos incluem a modificação do DNA por incorporação de pequenos grupos químicos, grupos metil. Outro importante mecanismo epigenético é que as proteínas que são embaladas em conjunto com o DNA no núcleo da célula, chamado histonas, podem ser quimicamente modificadas em suas caudas. Em conjunto, os diferentes mecanismos epigenéticos levarão à ativação ou silenciamento dos respectivos genes.

Em um novo estudo publicado no Journal of Allergy e Clinical Immunology, os pesquisadores descobriram agora um novo princípio sobre como mudanças epigenéticas podem ocorrer. Eles mostraram que uma enzima, triptase, pode ser encontrada no núcleo de células e que a triptase pode clivar as caudas das histonas. Desta forma, certas modificações epigenéticas das caudas das histonas são removidas.

Descoberta interessante

Uma descoberta muito interessante foi que este mecanismo é importante para manter a identidade das células. As células que não possuíam triptase mostraram alterações importantes, incluindo a perda da sua identidade celular e também começaram a proliferar de forma descontrolada.

Estes efeitos foram observados em mastócitos que são elementos centrais nas reações alérgicas. Os pesquisadores propõem que este tipo de efeito epigenético pode ser importante no tratamento da doença alérgica. Contudo, não se pode excluir que efeitos epigenéticos semelhantes estejam operando também em outros tipos de células.

 

Fonte: Uppsala University

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