Epidemia de cólera no Iêmen já atingiu 400mil pessoas – Veja mais dados!

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O surto de cólera no Iêmen está previsto para atingir 400 mil casos nesta terça-feira, mas há sinais de que a epidemia de três meses está diminuindo, de acordo com dados da OMS.

Uma queda dramática ao longo do mês passado no número de pessoas que morrem da doença a cada dia – de cerca de 30 para uma – sugere que a estratégia da OMS de configurar uma rede de pontos de reidratação para captar pacientes está funcionando.

A cólera, que é propagada pela ingestão de alimentos ou água contaminada pela bactéria Vibrio cholerae, pode matar em horas se não for tratada.

Os números de mortes indicam que 99,5 por cento dos pacientes agora sobrevivem no Iêmen, onde uma devastadora guerra civil e colapso econômico deixou milhões à beira da fome.

“Estamos confrontados com o círculo vicioso onde a guerra destrói o sistema de distribuição de água, a água não está disponível ou está contaminada e as pessoas estão se infectando”, disse o presidente do CICV, Dr. Peter Maurer, durante uma visita ao governador de Taiz na terça-feira.

“Para lidar com a crise, precisamos de uma mudança fundamental de atitude e comportamento dos beligerantes”, afirmou uma declaração do CICV, Maurer.

Os últimos dados

O último relatório de situação da OMS revelou que 396.086 iemenitas foram apanhados na doença diarreica até 24 de julho, cerca de 1 em cada 50 da população. Houve 1,869 mortes associadas.

Novos casos continuam entre 5.000 e 6.000 por dia, mas a curva epidêmica mostra que o foco atingiu um pico cerca de três semanas atrás, de acordo com a OMS.

Tais epidemias normalmente vêem tantos casos após o pico como antes, no entanto, e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha previu que o número de pessoas afetadas atingirá 600 mil pessoas até o final de 2017.

O surto de cólera levou a ONU a rever sua avaliação humanitária e agora calcula que 20,7 milhões de Iêmen necessitam de assistência, acima do valor anterior de 18,8 milhões.

O cólera também está se espalhando na Somália, no Quênia, no Congo, na Nigéria, na Tanzânia e no Sudão do Sul, onde a OMS está prestes a iniciar uma campanha de vacinação com 500 mil doses de vacina oral contra o cólera.

Apesar do grande surto do Iêmen, o maior em qualquer país no espaço de um ano, a campanha de vacinação foi adiada até 2018, disse a OMS.

“Uma campanha de vacinação contra cólera originalmente planejada para julho de 2017 foi adiada a pedido das autoridades de saúde, a favor de uma campanha preventiva muito maior no próximo ano, destinada a milhões de iemenitas em risco de doença”, afirmou um comunicado da OMS.

Fonte: Daily Mail

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