Quando a bióloga marinha Sarah Fortune avistou baleias coçando suas costas em rochas perto da Ilha de Baffin no Canadá, ela ficou desconcertada.
A estudante de doutorado da Universidade da Colúmbia Britânica, em Vancouver, no Canadá, sabia que esses mamíferos árticos raramente passavam por águas quentes e rasas.
E com pouco zooplâncton ao redor, eles não poderiam estar na baía para comer.
Então, alguns anos depois, a pesquisadora e seus colegas retornaram com um drone aéreo equipado com câmera para descobrir mais.
Sua primeira pista foi a pele, elas contínham riscos incomuns ao longo de seus corpos.
Quando o drone voltou, eles tiveram sua resposta: as gravações de vídeo capturaram as baleias envolvidas em uma sessão de esfoliação improvisada, esfregando a cabeça, as costas e os lados contra as grandes rochas.
Uma delas estava se esfregando por pelo menos 8 minutos.
Juntamente com imagens estáticas e uma biópsia de pele, os pesquisadores concluíram que essas baleias usam rochas para se esfregarem e ajudar na troca de pele.
Os pesquisadores relatam hoje na revista PLOS ONE.
Embora esta seja a primeira vez que os cientistas tenham visto esse comportamento em baleias continentáis, outras baleias árticas – como as belugas – foram vistas raspando-se ao longo de superfícies abrasivas no estuários da Baía de Hudson.
Qual o benefício para essa limpeza anual da pele? Isso pode ajudar os animais de longa vida a se livrarem de pele danificada pelo sol e de parasitas, dizem os pesquisadores.
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