Cientistas filmaram pela primeira vez células especializadas no cérebro de camundongos se dividindo para criarem novas células nervosas.
As imagens, publicadas na revista Science do dia 9 de fevereiro, mostram intrincações de como certas partes do cérebro do camundongo adulto podem desencadear novas células nervosas.
Esses detalhes podem ajudar a levar a uma compreensão mais profunda do papel desta renovação da célula nervosa em processos como a memória.
No fundo do cérebro de camundongos, uma estrutura relacionada à memória chamada de hipocampo é conhecida pelo desenvolvimento de novas células nervosas.
Usando ratos vivos, Sebastian Jessberger, neurocientista da Universidade de Zurique, e colegas removeram as camadas externas do tecido cerebral que obscurecem o hipocampo.
Os cientistas marcaram 63 células chamadas células tronco radiais, que podem se dividir para criar novas células. Os pesquisadores então assistiram essas células tronco por até dois meses, tirando fotos a cada 12 ou 24 horas.
Durante esse tempo, as células tronco sofreram um surto de divisão, produzindo dois tipos de células: células intermediárias que irão produzir células nervosas, bem como células nervosas maduras.
Uma vez que esta explosão de atividade terminou, as células tronco radiais desapareceram dividindo-se em células nervosas maduras.
Muitas dessas células recém-formadas tiveram vidas breves, morrendo nos primeiros quatro dias, ou de 13-18 dias após o nascimento. Não está claro o que mata essas células recém-nascidas.
Entre as células sobreviventes, elas continuaram a se unir no cérebro.
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