Ter um parente de primeiro grau com epilepsia podem aumentar o risco de uma pessoa de ser diagnosticada com autismo, de acordo com um estudo publicado na edição de 15 de junho de 2016, on-line de Neurology ®. Saiba mais sobre autismo e epilepsia.
Autismo e epilepsia – “Outros estudos realizados anteriormente já ligaram essas duas condições. Entretanto, o nosso estudo aborda especificamente os irmãos e irmãs, filhos e filhas de pessoas com epilepsia. O objetivo é determinar um possível risco de autismo nesses parentes”. Disse o autor do estudo Heléne E.K. Sundelin, MD, com o Hospital Universitário de Linköping, na Suécia.
Para o estudo, os investigadores analisaram registros de dados e identificaram 85,201 pessoas com epilepsia, bem como todos os seus irmãos (80.511 pessoas) e filhos (98.534 pessoas). Cada pessoa com epilepsia foi comparado com cinco pessoas sem epilepsia do mesmo sexo, idade e da mesma região durante o mesmo período. Os irmãos e filhos de pessoas com epilepsia também foram comparados com os irmãos e filhos de pessoas sem epilepsia. Irmãos e filhos que tiveram epilepsia foram excluídos da pesquisa.
Durante o período de seguimento médio de seis anos do estudo, 1.381 dos participantes com epilepsia e 700 pessoas sem epilepsia foram diagnosticados com autismo. As pessoas com epilepsia tiveram, portanto, maior risco de ser diagnosticado com autismo (1,6% em comparação com 0,2%). O maior risco foi visto naqueles diagnosticados com epilepsia na infância (5,2%).
O estudo encontrou um risco aumentado (63%) de desenvolver autismo para irmãos e filhos, mesmo quando a pessoa com epilepsia foi excluída. Filhos de mães epitléticas tinham um risco aumentado 91% e filhos de pais epiléticos também tinham um risco aumentado, 38%.
“O objetivo é descobrir mais sobre como essas duas doenças podem estar ligadas. Com isso tratamentos podem ser desenvolvidos com alvo para ambas as condições”, disse Sundelin.
Fonte: Neurology