A paisagem no campo pode passar uma ideia de natureza vívida e feliz, mas as árvores crescem mais rapidamente na cidade.
Essa é a conclusão de um novo estudo, no qual os pesquisadores analisaram o crescimento de cerca de 1400 árvores em 10 cidades diferentes, como Paris; Houston, Texas; Santiago; e Sapporo (Japão).
Ao analisarem amostras e estimarem a idade e o crescimento usando os famosos anéis das árvores, eles apresentaram uma tendência de como as árvores cresceram, nos últimos 150 anos.
As mudanças climáticas geralmente provaram ser benéficas para as árvores, porque com temperaturas mais quentes há um maior estímulo para a fotossíntese e prolongam a estação de crescimento, e as árvores rurais e urbanas cresceram mais rapidamente em até 17% após 1960.
Mas, as árvores urbanas cresceram ainda mais rápido, em até 25% em comparação com árvores da mesma idade fora das cidades, informou a equipe de pesquisadores esta semana na revista Scientific Reports.
Isso pode ser devido ao efeito da ilha de calor urbano, o que faz com que as temperaturas na cidade aumentem 10°C em comparação com as áreas circundantes.
Mas em cidades subtropicais – Hanói; Houston; e Brisbane (Austrália), as árvores urbanas cresceram muito mais rapidamente do que as árvores rurais antes de 1960, embora a diferença em seu crescimento se tornou insignificante depois.
Isso pode ser porque as temperaturas urbanas mais quentes podem não ser suficientes para superar outras condições adversas, como o abastecimento limitado de água e o espaço de enraizamento nas cidades.
Se o clima urbano hoje é o que as regiões rurais podem sentir amanhã, essa tendência não é um bom presságio. Pode acontecer um momento em que a taxa de crescimento da árvore global estagnar e talvez até diminua em climas de super aquecimento.