Famoso animal australiano está em grave ameaça.

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Epidemia de clamídia, ação humana e cachorros estão ameaçando animal australiano que é símbolo do país.

Um cheiro estranho formado por mistura de odores doces e podres alteram o ar quando Sherwood Robyn, uma coala de 12 anos, é trazida para uma sala de exames no hospital australiano para os marsupiais. Em um primeiro olhar, ela parece sadia, mas uma inspeção mais aprofundada mostra um claro sintoma de infecção por clamídia, a “virilha molhada”. Essa infecção já é epidêmica entre os coalas, símbolos da Austrália, único lugar no mundo onde vivem.

[highlight]A clamídia para humanos é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Afeta os órgãos genitais masculinos ou femininos. Assim como os Vírus, a clamídia é um parasita intracelular obrigatório. Pode produzir esporos, o que torna sua disseminação mais fácil. [/highlight]

A clamídia está entre os coalas há algum tempo, podendo causar diversas enfermidades como: cegueira, infertilidade e até a morte. A cepa de clamídia que ataca os animais é diferente da doença que atinge os humanos, e cientistas acreditam que podem ter se espalhado a partir do gado trazido por colonizadores.

O estágio da doença de Robyn já é avançados e é sexualmente transmissível e o pobre coala deve ter uma morte dolorosa em poucos meses, dizem os veterinários. O impacto da doença é exacerbado pelo avanço dos humanos sobre o território dos animais, dizem especialistas.

O prognóstico de Robyn é parecido com o da espécie no leste da Austrália. Os coalas são vítimas de ataques de cães selvagens, atropelamentos, perda do habitat e mudanças climáticas. Uma contagem nacional em 2012 encontrou 330 mil animais no país. Antes da colonização, que começou em 1788, eles eram estimados em 10 milhões. Em parte do norte do país, os coalas estão “efetivamente extintos”, dizem estudos.

Segundo a diretora do hospital, há cada vez mais atendimento à coalas mais velhos, e os números de novos atendimentos estão caindo, o que sugere que as populações estão morrendo, sem novos filhotes.

“A uma situação é crítica e estamos fazendo controle de danos, não lutando contra as mortes deles”, diz Damien Higgins, líder do centro de estudos de saúde dos coalas na Universidade de Sidney.

Fonte: http://oglobo.globo.com/

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