Pesquisadores descobriram uma possível solução para os danos causados por vazamentos de óleo: uma bactéria que se alimenta de petróleo.
Cientistas da Universidade de Quebec descobriram que uma bactéria, chamada Alcanivorax borkumensis, usa os principais componentes que compõem o gás natural e o petróleo para produzir energia.
A equipe por trás da descoberta acredita que a bactéria, que consome óleo, pode ajudar a limpar os derramamentos devastadores de petróleo que se tornaram comuns.
Vazamentos de óleo estão ocorrendo regularmente e são um grande ponto de preocupação para os ambientalista devido aos danos causados.
Áreas onde elas ocorrem têm que ser descontaminadas, e esse processo pode ser complexo e caro.
“Mas por mais disseminado e sério que seja o dano, a solução pode ser microscópica – Alcanivorax borkumensis – uma bactéria que se alimenta de hidrocarbonetos”, explica uma análise sobre a nova descoberta.
A equipe de pesquisa da Universidade de Quebec realizou testes que mostraram que enzimas produzidas por essa bactéria quebram o petróleo e o transforma água e solo.
A descoberta oferece a esperança de um método de limpeza que seja eficaz, simples e ecológico.
Pesquisadores têm procurado uma maneira eficiente de descontaminar os locais de derramamento de óleo por anos.
Eles testaram milhares de bactérias de uma variedade de fontes procurando por uma que pudesse fazer o truque.
Uma das cientistas da Universidade de Quebec que trabalhou em prol desse objetivo, a Dra. Tarek Rouissi, analisou dados em busca de cepas bacterianas que pudessem limpar os derramamentos de óleo.
Alcanivorax borkumensis
Essa bactéria pode ser encontrada em todos os oceanos, próximos aos corrente. A bactéria se multiplica rapidamente em áreas com altas concentrações de compostos de óleo.
Isso explica parcialmente porque alguma degradação natural foi observada após certos derramamentos de óleo.
“Alcanivorax borkumensis possui um conjunto impressionante de ferramentas: durante sua evolução, acumulou uma série de enzimas muito específicas que degradam quase tudo o que é encontrado no petróleo”, disse o relatório.
As enzimas destacam-se quando comparadas com outras devido à sua eficácia. Além disso, são mais versáteis e resistem melhor às condições químicas.
O que disse a cientista responsável pela rescoberta:
“Eu tinha um palpite, e a caracterização das enzimas produzidas pela bactéria parece ter me dado razão”, disse Rouissi.
O relatório da pesquisa explicou: “Alcanivorax borkumensis, uma bactéria marinha não patogênica, despertou a curiosidade do Dr. Rouissi. O genoma do microrganismo contém os códigos de várias enzimas interessantes, e é classificado como “hidrocarbonoclástico” – isto é, como uma bactéria que usa hidrocarbonetos como fonte de energia.”
Fonte: Daily Mail