Antes que a tecnologia de marcação via satélite se tornasse viável, pensava-se que os grandes tubarões brancos (Carcharodon carcharias) passaram a maior parte do tempo perto das costas se alimentando de focas e leões marinhos.
Agora, com o advento da tecnologia de marcação por satélite, muitos novos comportamentos do grande tubarão branco foram descobertos.
Ao marcar um tubarão com um transmissor de satélite, os cientistas conseguem rastrear o movimento do tubarão por longos períodos.
Em 2001, um tubarão etiquetado fora da costa da Califórnia foi rastreado todo o caminho para o Havaí, 3.800 km (2.280 milhas) de distância.
O tubarão passou o inverno lá antes de voltar para as águas mais perto da Califórnia. Vários outros tubarões marcados na costa da Califórnia também foram rastreados viajando a grandes distâncias da Califórnia.
Mais recentemente, em novembro de 2003, cerca de 30 grandes tubarões brancos foram marcados na costa da África do Sul.
A maioria dos tubarões ficou perto da África, mas um desses tubarões, chamado Nicole, surpreendeu os pesquisadores quando viajou até a Austrália.
Esta jornada de 11.100 km (6.897 milhas) levou apenas noventa e nove dias. Isso é considerado a distância mais conhecida percorrida por um tubarão.
A etiqueta do tubarão se separou quando o tubarão estava ao sul do Golfo de Exmouth, na Austrália Ocidental. Menos de nove meses depois, os cientistas ficaram surpresos ao encontrar o mesmo tubarão nas águas próximas da África do Sul.
Usando técnicas de identificação na barbatana dorsal, os cientistas conseguiram confirmar que este tubarão era o mesmo que viajara para a Austrália nos meses anteriores.
A viagem total de ida e volta da África para a Austrália e as costas é de 20.000 km (12.400 milhas), o que é, de longe, a viagem mais distante tomada por um tubarão.
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