Americano que atirou em si mesmo recebe novo rosto

Em 2006, quando tinha 26 anos, Andy Sandness atirou no próprio rosto em razão de uma crise de depressão.

Arrependido, ele implorou aos médicos que lhe ajudassem a sobreviver. Após passar por dois hospitais foi transferido para a Mayo Clinic, em Minnesota, nos EUA, onde conheceu o cirurgião plástico Samir Mardini, um especialista em reconstituição facial, segundo informações do The Telegraph.

Na tentativa de suicídio, ele acabou sofrendo lesões na mandíbula, nariz, boca, dentes, perdendo também a visão do olho esquerdo no processo. Então, a partir de músculos e pele retirados de seu quadril e perna, os médicos conseguiram refazer seu rosto. Os ossos da face, por outro lado, foram religados com a ajuda de placas de titânio e parafusos.

Então, após realizar cerca de oito procedimentos cirúrgicos e mais quatro meses de recuperação, ele conseguiu retornar para sua cidade, para se reunir à família e amigos. O médico teria anunciado ao paciente em 2012, que a clínica iria dar início a um programa de transplantes de rosto, e que ele seria um paciente ideal. Antes de aceitar, ele foi avisado de que o procedimento só havia sido realizando pouco mais de 20 vezes em todo o mundo.

Então, em junho de 2016, descobriu que havia um doador disponível. Calen “Rudy” Ross também teria atirado em si mesmo aos 21 anos, mas não sobreviveu ao ferimento. O procedimento de 56 horas – em que 24h foram apenas para retirar o rosto do doador e as outras 32h para implantá-lo em Andy – superou muito as expectativas do paciente.

Transplante de rosto bem sucedido

Hoje

Hoje com 31 anos, ele voltou a aproveitar pequenos prazeres da vida, que incluem comer alimentos que antes não podia e sair livremente nas ruas sem chamar atenção por sua aparência. “Quando você tem aparência que eu tinha e vive do modo que eu vivia, se agarra a qualquer gota de esperança“, disse Sandness. “Essa era a cirurgia que me levaria a ter uma vida normal de novo.”

“Ter um nariz e uma boca é uma bênção”, continuou. “Os olhos são um bônus”.

Fonte: Chicago Tribune

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