Apaixonar-se é um dos grandes mistérios da vida, mas agora os cientistas acreditam que esse sentimento estranho pode ter sido fundamental para o nosso sucesso evolutivo.
Pela primeira vez, os pesquisadores encontraram evidências de uma “seleção natural promovida pelo amor na evolução humana”. Isso seria um importante fator pois aumenta as chances de constituírmos famílias.
Cientistas estudaram o povo Hadza da Tanzânia, que não usam métodos anticoncepcionais modernos, e descobriram que as parcerias apaixonadas estavam associadas a terem mais filhos.
Esse estudo segue pesquisas anteriores que descobriram que o amor pode ter evoluído para evitar que os primatas machos matassem seus bebês.
Nas sociedades modernas, fatores como anti-consepcionais perturbam o vínculo entre amor e número de crianças, razão pela qual os pesquisadores analisaram os caçadores-coletores chamados Hadza.
Acredita-se que suas vidas mudaram pouco nos últimos dez mil anos e, por essa razão, poderiam fornecer uma visão da evolução precoce do amor entre nossos antepassados pré-históricos.
“Nosso estudo pode lançar nova luz sobre o significado do amor no passado evolutivo dos seres humanos, especialmente nas sociedades tradicionais de caçadores e coletores, nas quais os indivíduos, e não seus pais, eram responsáveis pela escolha de parceiros”, escreveram os pesquisadores em seu artigo publicado em Frontiers in Psychology.
Os cientistas acreditam que a paixão e o compromisso são, portanto, os ingredientes-chave da nossa evolução.
“Apesar de algumas limitações, nossa pesquisa foi o primeiro exame empírico de uma questão muito importante e deve estimular trabalhos extensivos nesta área”, escreveram os pesquisadores.
Fonte: Daily Mail