O ministério da saúde de Madagascar informou durante o fim de semana que a nova peste bubônica atingiu o país e mostrou que o número de casos aumentou para 343, incluindo 42 mortes.
Na capital e maior cidade de Antananarivo com uma população de cerca de 1,6 milhão de pessoas, 142 casos e mais de uma dúzia de óbitos foram relatados até o momento.
O surto provocou o fechamento das escolas e provocou proibições de visitas à prisão na tentativa de conter a epidemia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou na semana passada uma entrega de 1,2 milhão de doses de antibióticos para ajudar o país.
A peste bubônica é endêmica no país, com picos epidêmicos sazonais que variam de setembro a março. De acordo com o secretário-geral do Ministério da Saúde de Madagáscar, entre 300 e 600 casos suspeitos são relatados a cada ano, com cerca de 30 casos pulmonares e 10-70 óbitos.
Os dados da OMS revelam que, durante os seis anos do 1 de janeiro de 2010 até 31 de dezembro de 2015, foram relatados 3248 casos da peste em humanos, resultando em 584 óbitos. Desse total, Madagascar é o país mais seriamente afetado do mundo, com 74% de todos os casos em todo o mundo com 2.404 e oito mortes por 10 mortes humanas (476).
A doença
A peste bubônica é uma doença infecciosa causada pela bactéria, Yersinia pestis. É encontrada em animais em todo o mundo, mais comumente em ratos, mas outros roedores como esquilos terrestres, cães de pradaria, coelhos e mosquitos.
As pulgas normalmente servem como vetor de transmissão da bactéria. Casos humanos foram ligados aos gatos domésticos e cães que trouxeram pulgas infectadas para dentro da casa.
As pessoas também podem se infectar através de contato direto com um animal infectado, por inalação e no caso de peste pneumônica, pessoa a pessoa.