Os parasitas causadores da malária são encontrados facilmente entre chimpanzés e gorilas, mas pela primeira vez, foram detectados em bonobos selvagens.
Os pesquisadores descobriram os parasitas depois de analisar a matéria fecal do macaco recolhida do chão da floresta.
As descobertas podem ajudar a investigar mais informações sobre como o parasita é transmitido entre as espécies. A malária é uma doença que matou 438 mil pessoas em 2015.
Estudos anteriores podem ter perdido populações de bonobo infectadas (Pan paniscus), de modo que pesquisadores da Universidade da Pensilvânia realizaram um estudo mais extenso.
Os pesquisadores aumentaram o número e os lugares que eles coletaram amostras das populações de bonobos selvagens.
Os bonobos selvagens são encontrados nas florestas da África central e sul do rio Congo na República Democrática do Congo.
A equipe de pesquisa foi liderada pela Dra. Beatrice Hahn, professora de Microbiologia na Perelman School of Medicine da Universidade da Pensilvânia.
O laboratório do Dr. Hahn estuda patógenos humanos como o HIV e a malária para aprender mais sobre os micróbios que causam essas doenças em seres humanos.
Mas os primatas (não humanos) africanos estão altamente ameaçados de extinção e exigem técnicas de amostragem não-invasivas para aprender mais sobre sua saúde.
É por isso que o time do Dr. Hahn desenvolveu um teste sensível que lhes permite obter informações genéticas de parasitas da malária da matéria fecal do macaco.
“Não encontrar nenhuma evidência de malária em bonobos selvagens simplesmente não fazia sentido, já que os bonobos em cativeiros são suscetíveis a essa infecção”, disse o Dr. Hahn.
A equipe do Dr. Hahn descobriu que os bonobos são suscetíveis a uma grande variedade de parasitas de Plasmodium, incluindo uma espécie previamente conhecida Plasmodium laverania específica para os bonobos.
Estes parasitas são parentes próximos do parasita causador da malária humana, Plasomodium falciparum – o mais prevalente e letal dos parasitas que infectam pessoas.