Todos os dias, os seres humanos geram milhões de toneladas de lixo. E embora muitas dessas toneladas acabem em aterros, algumas entram no oceano por acidente ou por despejo ilegal.
Agora, os pesquisadores compilaram um novo banco de dados que revela o quão generalizada é a lixeira oceânica, desde as famosas “ilhas de lixo” do Pacífico Norte até pilhas de lixo em praias ao redor do mundo e no oceano profundo.
LITTERBASE e seus mapas acompanham dados de mais de mil estudos de 1960 a 2017. Os pontos mais poluídos, que acolhem mais de 10 bilhões pedaços de lixo por quilômetro quadrado, incluem praias e manchas de mar ao largo das costas de Coreia do Sul e Jordânia.
A maior parte desse lixo – perto de 70% – é de plástico, com o metal e o vidro contribuindo para o restante. E os microplásticos, pequenos pedaços de plástico menores que 5 milímetros, são particularmente prevalentes.
Isso é porque os grandes pedaços de plástico se quebram na luz solar e nas correntes oceânicas. Todo o nosso lixo significa que a vida sob o mar não é fácil: a base de dados também revela que mais de 1200 espécies aquáticas – mamíferos, peixes, crustáceos e outros – estão entrando em contato com o lixo, comendo-o, vivendo nele, ou estão amarrados.