Novas imagens de satélite mostram que um bloco de trilhões de toneladas de gelo que se rompeu da Antártica começou a se dirigir para o mar.
O enorme pedaço de gelo, apelidado de A68, que é quatro vezes o tamanho da Grande Londres, fez sua última ruptura em julho depois que uma rachadura começou a se formar em 2014.
Não estava claro o que aconteceria com a massa gigante, pois os icebergs podem permanecer no local por muitos anos, mas os especialistas temem que esse bloco pode se desintegrar em pedaços muito pequenos para rastrear no satélite.
Se esses icebergs se deslocassem para rotas marítimas poderiam representar um risco significativo para os navios da região.
O professor Dr. Stef Lhermitte, da Universidade Delft na Holanda, compartilhou as últimas imagens de satélite da A68 no Twitter.
Ele disse: “Depois de algum movimento inicial de ida e volta, o iceberg A68 de Larsen C parece estar em deriva agora”.
Ele acrescentou que o iceberg “continua a deriva”, e postou um gráfico comparando a posição da A68 no sábado com uma outra imagem tirada na quarta-feira.
#LarsenC ‘s iceberg #A68 continues to drift in the today’s 16/9 vs. 13/9 @ESA_EO #sentinel1 composites pic.twitter.com/e8ncIv59v9
— Stef Lhermitte (@StefLhermitte) 16 de setembro de 2017
The slow drifting of #LarsenC ‘s #A68 iceberg from @NASAEarth ‘s #MODIS and #VIIRS. Check the polynya (open sea) when the drift starts. pic.twitter.com/DBtNH9o3Ys
— Stef Lhermitte (@StefLhermitte) 15 de setembro de 2017
After some initial back-and-forth movement, #LarsenC ‘s iceberg #A68 seems on drift now in @ESA_EO ‘s #sentinel1 composites pic.twitter.com/Mt4dpcR3A9
— Stef Lhermitte (@StefLhermitte) 14 de setembro de 2017
Petermann Glacier, Mar–Sept, Sentinel 2. Huge seasonal changes. But as autumn swells, large calving event looks unlikely this year. @ESA_EO pic.twitter.com/712adxNC8U
— Laurence Dyke (@LaurenceDyke) 12 de setembro de 2017
A comparação mostra uma deriva clara da prateleira de gelo da Antártida.
Os cientistas alegaram que o aquecimento global não desempenhou um papel no desprendimento do iceberg, de acordo com relatórios do Independent.
Mas a professora Dra. Nancy Bertler, do Centro de Pesquisa Antártica da Universidade Victoria de Wellington, disse que o aquecimento global e o buraco na camada de ozônio causaram a ruptura repentina de “numerosas plataformas de gelo” na região, algumas das quais existiram por 10.000 anos ou mais”.