Cientistas podem ter encontrado formas de vida mais antigas da Terra

Os cientistas podem ter descoberto evidências da vida microbiana mais profunda já encontrada no planeta, detectando a presença de matéria orgânica em fragmentos de rochas lançados por vulcões de lama perto do lugar mais profundo da Terra, a Fossa Mariana.

Enquanto os pesquisadores esperam encontrar sinais de formas de vida alienígenas espreitando sob a superfície da lua de Júpiter Europa e da lua Enceladus de Saturno, a descoberta destaca a possibilidade de organismos igualmente estranhos e desconhecidos habitarem a Terra, enterrados até 10 quilômetros no fundo do mar.

“Este é outro indício de uma biosfera grande e profunda em nosso planeta”, disse o pesquisador Dr. Oliver Plümper, da Universidade de Utrecht, na Holanda, à National Geographic.

Dr. Plümper e sua equipe realizaram uma análise química de fragmentos de rochas trazidos até o fundo do mar pela Montanha Submarina do Chamorro do Sul, um grande vulcão de lama debaixo do Oceano Pacífico ocidental.

O que torna o vulcão de lama de particular interesse é que ele se encontra dentro do Arco Izu-Bonin-Mariana – a casa da mais profunda região da Terra, a fossa Mariana – e também o ponto de colisão tectônica onde a Placa do Pacífico é forçado sob a placa do mar filipino.

Quando a equipe analisou 46 amostras de rocha perfuradas do vulcão de lama, eles encontraram produtos químicos associados com produtos de resíduos bacterianos, incluindo hidrocarbonetos, lipídios e aminoácidos.

Não é o mesmo que encontrar a prova direta da vida – mas na ausência de outras explicações, a equipe pensa que os vulcões da lama poderiam ter arremessado para cima o legado das formas de vida que existiram a muitos anos e estavam enterradas nas mais profundas camadas no planeta.

O estudo foi publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America.

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