Pessoas que sofrem com a esquizofrenia podem realmente ter um distúrbio imunológico tratáveis, sugere uma nova pesquisa.
Atualmente, os doentes recebem medicação antipsicótica ou formas de psicoterapia como tratamento. Mas cientistas da Universidade de Oxford descobriram que um em cada 11 casos de psicose pode envolver uma condição em que os anticorpos atacam o cérebro.
Os novos achados poderiam abrir uma rota diferente para combater doenças mentais de uma maneira muito diferente, dizem os especialistas.
Os pesquisadores analisaram a amostra de sangue de 228 pacientes no estudo, publicada em The Lancet.
Eles descobriram que cerca de 9% tinham anticorpos que podem ser relevantes para a sua doença mental. Verificou-se que os anticorpos atacam o “receptor NMDA” – que anteriormente demonstraram causar encefalite, uma inflamação do cérebro que ameaça a vida.
Este receptor permite que as células cerebrais se comuniquem entre si.
Mas a encefalite geralmente pode ser superada pelo reconhecimento e tratamento imediatos, enquanto a esquizofrenia requer um tratamento de longo prazo.
A descoberta oferece nova esperança em termos de novas possibilidades de tratamento para pessoas que sofrem de psicose, dizem os pesquisadores.
Isto é porque a rápida identificação e remoção dos mesmos anticorpos associados com encefalite leva a uma melhoria dramática, e muitas vezes completa da doença.
Todos os pacientes que apresentem sinais de psicose devem ser rastreados quanto aos níveis de anticorpos, de acordo com a pesquisadora principal, Professora Dr. Belinda Lennox.