Pela primeira vez, biólogos conseguiram desenvolver células-troncos humanas em embriões de porcos, mudando da ficção científica para o reino da possível criação de órgãos humanos em animais para posterior transplante.
A abordagem envolveu a geração de células-tronco a partir da pele de um paciente, o crescimento do novo órgão desejado em um grande animal como um porco e, em seguida, colhê-lo para transplante para o corpo do paciente. Uma vez que o órgão seria feito de células do próprio paciente, haveria pouco risco de rejeição imunológica.
Os crescimento de suínos com crescimento de órgãos humanos seriam exemplos de quimeras, animais compostos de dois genomas diferentes. Eles seriam gerados pela implantação de células-tronco humanas em um embrião de porco precoce, resultando em um animal composto de células de porco e humano.
Muitas barreiras técnicas e éticas ainda precisam ser superadas, mas a pesquisa está avançando ao lado da necessidade aguda de órgãos; Cerca de 76 mil pessoas só nos Estados Unidos estão aguardando transplantes. A criação de quimeras, especialmente aquelas com células humanas, pode ser controversa, dada a possibilidade de que os animais de teste possam ser humanizados de maneiras indesejáveis. Uma possibilidade seria se as células humanas deveriam ser incorporadas no cérebro de um porco, dotando-o de qualidades humanas. Quase ninguém quer um porco falante.
Outro resultado indesejável seria se as células humanas vierem a compor os tecidos reprodutivos do porco. Poucas pessoas querem ver o que poderia resultar da união entre um porco com esperma humano e uma porca com ovos humanos.
Fonte: New York Times