O maior estudo de seu tipo encontrou danos na grande maioria dos cérebros dos ex-jogadores de futebol americano doados para pesquisa depois de desenvolverem sintomas mentais durante a vida.
Dos 202 ex-jogadores da versão norte-americana do jogo cujos cérebros foram examinados, 87% apresentaram os sinais diagnósticos de encefalopatia traumática crônica (CTE), uma doença neurodegenerativa associada ao trauma repetitivo da cabeça.
Entre os antigos jogadores da National Football League (NFL) na amostra, esse número saltou para 99%.
As descobertas provavelmente aumentarão a pressão sobre os líderes em todos os níveis do futebol para proteger seus jogadores.
Ainda assim, os autores e outros especialistas advertem contra a interpretação excessiva dos resultados, porque todos os cérebros vieram de antigos jogadores sintomáticos e não daqueles que permaneceram livres de problemas mentais.
“Eu acho que é cada vez mais difícil negar uma ligação entre o CTE e a lesão cerebral traumática repetida, seja através de esportes de contato ou outros mecanismos”, diz Dr. Gil Rabinovici, neurologista da Universidade da Califórnia, San Francisco (UCSF), que não era ligado ao estudo.
Os pesquisadores, liderados pela neuropatologista Ann McKee da Universidade de Boston (BU), usaram cérebros de um banco mantido pelo VA Boston Healthcare System, BU e a Fundação Legião Concussion. Eles foram doados por famílias de ex-jogadores de futebol.
A equipe define o CTE, um diagnóstico feito apenas na autópsia, como “degeneração progressiva associada ao trauma repetitivo da cabeça”.