Peixe exposto a pequenas partículas de plástico sofre dano cerebral

Todos os anos, estima-se que oito milhões de toneladas de resíduos de plástico sejam despejadas nos oceanos, onde entra no ecossistema aquático.

Agora, um novo estudo chocante revelou que pequenas partículas de plástico podem se acumular em cérebros de peixes e causar graves problemas comportamentais.
E enquanto os pesquisadores admitem que eles são cautelosos em comentar sobre isso, há uma chance de que esses plásticos possam ser transmitidos aos humanos através do consumo.
Pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, analisaram os efeitos de pequenas partículas de plástico, conhecidas como partículas nanoplásticas, em peixes.
O Dr. Tommy Cedervall, autor principal do estudo, disse: “Nosso estudo é o primeiro a mostrar que as partículas de plástico nanométricas podem se acumular nos cérebros dos peixes”.
Os pesquisadores mostraram como os nanoplásticos são transportados através de diferentes organismos nos ecossistemas aquáticos.
Pequenas partículas de plástico na água são consumidas pelo plâncton animal, que por sua vez é comido por peixe.
 De acordo com os pesquisadores, o estudo revelou vários resultados interessantes sobre como o plástico de diferentes tamanhos afeta os organismos aquáticos.
Uma das principais descobertas foi que as partículas nanoplásticas podem atravessar a barreira hematoencefálica e se acumulam dentro do tecido cerebral do peixe.
Este acúmulo de plástico leva a distúrbios comportamentais nesses peixes, fazendo com que eles comam mais devagar e explorem seus arredores menos.
Os pesquisadores também descobriram que, embora grandes partículas de plástico não afetem o plâncton animal, as criaturas morrem quando expostas às partículas nanométricas.
O Dr. Cedervall disse: “É importante estudar como os plásticos afetam os ecossistemas e que as partículas nanoplásicas provavelmente terão um impacto mais perigoso nos ecossistemas aquáticos do que os grandes plásticos”.

 

Fonte: Daily Mail 

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