A depressão está associada com tristeza, fadiga e falta de motivação. Mas as pessoas com depressão também podem ter problemas para processar informações e resolver problemas.
Agora os cientistas que estudam um modelo animal para a depressão estão identificando em nível molecular como a condição poderia afetar o pensamento. As descobertas, publicadas na revista ACS Chemical Neuroscience, poderiam levar ao desenvolvimento de novos tratamentos para a depressão que abordariam problemas cognitivos associados.
A Organização Mundial da Saúde estima que, globalmente, 350 milhões de pessoas de todas as idades sofrem de depressão.
Entre a mistura de sintomas que caracterizam a condição estão disfunções cognitivas – dificuldade de concentração, lembrando detalhes e tomando decisões. Estes sintomas tendem a persistir, mesmo que outros sintomas desaparecem, o que pode prejudicar seriamente a capacidade de uma pessoa para trabalhar ou estudar.
Marco A. Riva e colegas queriam determinar como a depressão pode afetar o cérebro em um nível molecular.
Os pesquisadores descobriram que certas proteínas foram expressas em maiores quantidades em um grupo controle de ratos em resposta a um padrão de teste cognitivo – reconhecimento de objeto novo – do que em ratos com sintomas característicos da depressão humana.
Outros estudos recentes sugeriram que estas proteínas, incluindo oligofrenina-1 e Bmal1, desempenham um papel nos processos cognitivos. Os pesquisadores dizem que suas descobertas podem ajudar a informar pesquisas futuras de tratamentos para depressão maior e distúrbios relacionados ao estresse.