O comitê internacional de saúde se reuniu pela primeira vez depois que o vírus parainfluenza Clade X apareceu pela primeira vez.
Houveram mais de 400 casos e 50 mortes até agora, a maioria dividida entre Frankfurt, na Alemanha, e Caracas, na Venezuela.
Os pacientes apresentaram febre, tosse e confusão mental. Em um número preocupante de casos, a encefalite – inchaço no cérebro – fez com que os pacientes caíssem em coma potencialmente fatal.
Os pesquisadores conseguiram isolar o que parecia ser um novo patógeno, um agente causador de doenças.
O vírus parecia ser um novo tipo do vírus parainfluenza, de uma família de vírus respiratórios que normalmente causam doenças leves como o resfriado.
Os cientistas que estudam a doença não conseguiram identificar onde o vírus se encaixava na família parainfluenza, então eles se referiram ao patógeno como parainfluenza Clade X.
As autoridades de saúde disseram que o Clade X, que parece se espalhar pela tosse, pode levar até uma semana antes dos pacientes começarem a apresentar sintomas graves. O vírus possui um potencial pandêmico de acordo com os pesquisadores.
Calma, essa situação descrita acima é fictícia.
Essa história fez parte de um cenário criado por pesquisadores do Johns Hopkins Center for Health Security, projetado para ver como especialistas em políticas reais e tomadores de decisão do governo responderiam a uma situação semelhante.
O cenário foi projetado para ser completamente realista, com uma doença que poderia existir plausivelmente e um mundo que tem exatamente os mesmos recursos para responder como fazemos agora.
Em 15 de maio, quando a simulação do “Clade X” foi apresentada em tempo real, as pessoas que representavam o cenário eram os tipos de indivíduos que respondiam a essa situação na vida real. Entre os atores estavam o ex-líder da maioria no Senado, Tom Daschle, a representante da Indiana, Susan Brooks (R), a ex-diretora do CDC, Julie Gerberding, e outros com ampla experiência.
No entanto, no final do dia, representando 20 meses após o início do surto, havia 150 milhões de mortos em todo o mundo e 15 a 20 milhões de mortes apenas nos EUA. Sem vacina para a doença ainda pronta, esperava-se que o número de mortos aumentasse.
“Acho que aprendemos que até mesmo funcionários públicos experientes e capacitados, que já passaram por muitas crises, ainda têm dificuldade em lidar com algo assim”, disse Dr. Eric Toner, pesquisador do Centro Johns Hopkins para a Segurança da Saúde Global.
O designer da simulação do Clade X, disse ao Business Insider. “E não é porque eles não são bons, inteligentes ou dedicados, é porque não temos os sistemas que precisamos para permitir o tipo de resposta que gostaríamos de ver.”
Se os esforços para desenvolver uma vacina continuassem a falhar, Toner disse que uma doença como essa poderia matar 900 milhões de pessoas, ou mais de 10% da população mundial.