Você provavelmente já viu alguns malucos em uma competição de quem come mais cachorros-quentes. Com o objetivo de engolir o maior número possível em 10 minutos, os competitivos podem ter um limite: 83 unidades.
Esse número foi o que uma análise de quase 40 anos do famoso concurso de cachorros-quentes de Coney Island encontrou. Iniciado na década de 1970 na cidade de Nova York, o concurso agora é um evento internacional televisionado.
O recorde atual de 75 cachorros-quentes – estabelecido em julho/2020 – é um “avanço” quando se compara os velhos tempos. No início da competição os vencedores comiam no máximo 12 unidades.
Dr. James Smoliga, um fisiologista da High Point University, na Carolina do Norte, estava assistindo o concurso de comer cachorro-quente em 2019, quando teve uma ideia: ele poderia aplicar as equações matemáticas usadas para estimar os limites do desempenho atlético desses competidores?
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Smoliga procurou nos livros de registros sobre competições de cachorro-quente. Com base em dados de 152 competidores ao longo de 39 anos, ele calculou um limite máximo de 83 cachorros-quentes em 10 minutos.
Isso se traduz em uma taxa de consumo de cerca de 832 gramas por minuto (e mais de 23.000 calorias totais), Dr. Smoliga publicou sua pesquisa no dia 15 de julho na revista Biology Letters.
Independente se os competidores cheguem ou não a esse limite, a escala de evolução “supera completamente outras conquistas atléticas”, diz Dr. Smoliga. O desempenho recorde em esportes como atletismo melhorou cerca de 40% desde o início da manutenção de registros, enquanto a habilidade de comer cachorros-quentes melhorou aproximadamente 700%.
A proporção peso x ingestão de carne entre os seres humanos e outros animais que comem carne é parecida. Entretanto, quando normalizados, os competidores de cachorro-quente têm uma taxa de consumo superior à dos ursos pardos e coiotes, relata Dr. Smoliga, embora os lobos liderem o grupo.
Comer grandes quantidades de comida rapidamente pode ser uma estratégia útil para carnívoros quando a comida é escassa.
O pesquisador disse que a capacidade dos humanos para uma taxa de consumo relativamente alta pode ter se mostrado útil em algum momento do nosso passado evolutivo. Hoje em dia, porém, engolir seis ou sete cachorros-quentes por minuto, durante 10 minutos, causa problemas digestivos entre outros.