Um besouro japonês consegue sobreviver após ser comido por um sapo mais de 90% das vezes escapando do reto do predador.
Imagens incríveis mostram um pequeno besouro aquático escapando pela extremidade traseira de um sapo. O fato acontece geralmente duas horas depois que o sapo ingere o besouro, pelo menos foi o que experimentos em laboratório demonstrou.
Das 15 experiências com as espécies de besouros Regimbartia attenuata, 14 escaparam ilesos do reto do sapo e começaram a correr ao redor do tanque de vidro.
Pesquisadores japoneses forneceram 13 outras espécies de besouros ao sapo, que não sobreviveram, o que significa que o R. attenuata pode promover a excreção do sapo para facilitar sua fuga ilesa.
Este estudo afirma ser o primeiro a relatar a fuga bem-sucedida de insetos pela abertura de um predador.
O estudo foi publicado na revista Current Biology.
“Dos besouros excretados pelos sapos, 94,4% sobreviveram por pelo menos duas semanas após a excreção”, disse o Dr. Shinji Sugiura, ecologista da Universidade de Kobe, ao MailOnline.
“Portanto, os custos de escapar de sapos podem ser mais baixos do que esperávamos.”
Após a excreção, alguns sapos não sabiam que os besouros ainda estavam vivos, enquanto outros os atacavam novamente, disse ele.
Muitas espécies de sapos não têm dentes e são incapazes de matar presas antes de engolir, confiando em seu sistema digestivo para decompor seus alimentos.
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Embora as maiores taxas de escape bem-sucedidas sejam do sapo de árvore japonês, que foi a menor espécie de sapo no estudo, o maior número de fugas bem-sucedidas ocorreu nas extremidades traseiras do sapo-preto (Pelophylax nigromaculatus).
“Os besouros podem escapar com mais frequência dos sapos de tamanho pequeno, porque o sistema digestivo dos sapos pequenos é mais curto que o dos sapos grandes”, disse Dr. Sugiura.
“Mais experimentos são necessários para testar esta hipótese.”