Café, baunilha e cacau podem estar em risco de extinção – Entenda!

O estudo do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), a ser publicado na revista Ecological Indicators em 2019, mostra que itens comuns como baunilha, cacau, café e até pinheiros podem estar em apuros.

Das 7.000 espécies de plantas silvestres de 220 países que foram estudadas como parte do Indicador de risco de Plantas, apenas 3% foram classificadas como “baixa prioridade” ou “suficientemente conservadas”.

Isso significava que, em uma escala de conservação de um a 100, sendo o topo totalmente protegido e zero nenhum, 97% das espécies de plantas selvagens tinham menos de 50.

“Este indicador ressalta a urgência de proteger as plantas selvagens do mundo”, disse Colin Khoury, do CIAT, principal autor do estudo, em um comunicado.

“O indicador não só nos ajuda a medir onde os países e o mundo estão no que diz respeito à salvaguarda deste patrimônio natural e cultural, mas fornece informações reais por espécies que podem ser usadas para tomar medidas para melhorar seu estado de conservação.”

A pontuação foi particularmente baixa para Coffea liberica, uma planta usada na África para produção de café, que marcou apenas 32,3. De fato, nenhuma das 32 espécies de café listadas teve pontuação acima de 35,3, com mais de dois terços sem material genético conhecido armazenado em bancos de genes.

A espécie Nordmann Abies nordmanniana, que é uma popular árvore de Natal europeia, teve uma pontuação incrivelmente baixa, com 13,5, tornando-se uma alta prioridade.

Enquanto isso, Theobroma cacao, conhecido como cacau, obteve 35,4. E baunilha e canela foram pontuadas em 39,8 e 23,0, respectivamente.

Os pesquisadores notaram que suas pontuações consideravam a conservação in situ e ex situ, sendo as primeiras plantas em áreas protegidas, como parques nacionais, e as últimas, plantas em bancos de genes e jardins botânicos.

E eles alertaram que a conservação in situ, por si só, pode não ser suficiente para muitas plantas, uma vez que mudanças climáticas rápidas podem levar as espécies para além das fronteiras do parque.

O estudo foi realizado depois que as Nações Unidas disseram que, até 2020, essas 7.000 espécies precisavam ser totalmente protegidas. Mas os sinais não são bons. “Não há como atingir esses objetivos em 2020”, disse Khoury.

Fonte: IFLS

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