Quase três quartos das pessoas em todo o mundo confiam solidamente nos cientistas.
Essa é uma das principais descobertas do Wellcome Global Monitor, uma nova pesquisa que perguntou a mais de 140.000 pessoas em mais de 140 países como elas pensam e se sentem sobre saúde e ciência.
Outras pesquisas fizeram perguntas semelhantes, mas esta, conduzida pela Gallup World Poll em nome da instituição de caridade biomédica de Londres Wellcome Trust, afirma ser a primeira a estudar em escala global como as atitudes variam de acordo com a nacionalidade, gênero, renda e Educação.
Um índice baseado em cinco perguntas constatou que 54% das pessoas confiam nos cientistas em um nível médio e 18% em um nível alto, enquanto 14% têm um baixo nível de confiança.
Mas as diferenças regionais são impressionantes: as pessoas no Uzbequistão são os que mais confiam nos cientistas enquanto os residentes no Gabão são os que menos confiam.
Sobre os benefícios da ciência, mais de um terço das pessoas no sul da África e na América Latina afirmam que a ciência ajuda “poucas” pessoas em seu país.
A pesquisa também explorou atitudes em relação às vacinas e descobriu que as pessoas na França são as mais céticas.
A pesquisa revela uma lacuna global de gênero nas autoavaliações do conhecimento científico: globalmente, 49% dos homens dizem conhecer “alguns” ou “muito” sobre ciência – 11 pontos percentuais a mais do que as mulheres.
O Brasil ficou posicionado no quadrante inferior, no qual demonstra um baixo desempenho em ciências (educação) e uma baixa crença em seus cientistas. Entretanto, o número de pessoas que disse saber “muito” ou “alguma coisa” de ciência foi similar aos japoneses e superior aos chineses.